- Quem estas batendo em minha porta? - perguntou furioso.
- Não, apenas eu, Souza. A pessoa com quem marcou uma conversa com o senhor Collins e que veio de manhã tirar satisfações. - eu respondei calmamente. Sabia que se eu falasse com medo não daria muito certo.
- Ah, espere um pouco, tenho que ver o que aconteceu com o senhor Collins.
- Oh! Eu não sabia que o senhor Collins gritava como uma menina. Sem ofenças, Henrique. - E eu ia praguejando em grego e dando voltas na casa. Quando ouço Henriquue abrir a porta e finjo olhar para uma estátua de jardim. - Não es perfeita? Nem parece que foi feita a mão de tão detalhada. - Henrique estranhou meu jeito esquisito mas esboçou um sorriso pelo elogio.
- Obrigada, Souza. Não se é todo dia que alguém vê minha estátua e comenta sobre ela. - e logo tratou de ficar sério. - Quer fazer o favor de entrar? O sr. Collins não gosta de gente enrolada.
- Estou indo, Henrique. - Olhei mais uma vez para estátua e achei uma coisa interessante, era uma mancha seca de sangue e então resolvi olhar para o chão e vi pegadas de alguém que provavelmente seria uma menina de apenas uns 15 anos ou menos. Ela tinha sido arrastada mas o autor notou que deixará pistas e tratou de apagar mas bem malfeito.
Entrei na casa de Henrique depois de ver aquilo e me sentei de frente ao sr. Collins, um homem calvo, com cabelos loiros e um terno vinho meio avermelhado. Tinha mais ou menos 1, 54 cm, era um homem baixinho e gorducho, com um nariz pequeno e uma boca média.
- Olá, sr. Collins. Como vai?
- Ah, Olá, srta. Souza. Bem, apesar dos problemas de família e você?
- Vou bem, apesar de não ter conseguido salvar seu filho.
- Não se preocupe - disse ele colocando a mão em meu joelho. - Ele deve ainda estar vivo, se Deus quiser.
- E Agatha? Esta sofrendo muito com isto?
- Nem um pouco. Ela estava bem alegrinha hoje de manhã, ela até arrumou a casa para nós. Isto é, me refiro a mim e minha esposa, Silvanna. - ele ficou um pouco inquieto com meu olhar de sonhadora e observadora.
- Hum... interessante. Então - e mudei de posição da cadeira para encara-lo frente-a-frente. - Vai querer que eu cuide deste caso para o senhor?
- Não sei. Não consegui me decidir, mas acho que não precisarei de seus serviços. Vai que meu filho está morto? - disse ele dando uma risada forçada no final e me olhando com seus olhos azuis, aonde vi mentira.
- É possível mas ainda acredito que seu filho está vivo. Acho que sei quem esta com ele. - eu disse e ele tirou o sorriso e fez cara de preocupado mas logo sorriu falsamente.
- Tem certeza? Amém! Deus lhe abençoe. - ele disse.
- Não, obrigada. Acho que o senhor precisa da benção de Deus mais do que eu, se meu palpite estiver errado e de algum modo, os assaltantes souberem, tenho certeza que irão matar o menino no meio de um lugar bastante deserto. - ele me olhou nervosamente e se mecheu no sofá.
- Mas tomará que acerte, não?
- É. Tomará que eu esteja certa.
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