sexta-feira, 2 de março de 2012

2. Henrique, o fiel escudeiro do sr. Collins.

- Olha isto aqui! Que absurdo. Nem fazer uma história ou um texto conseguem. - eu disse no café da manhã. - Ainda bem que nem colocaram uma foto minha. Se não minha carreira de detetive acaba aqui. - e me levantei, abri a porta e sai para ir a uma banca de jornais ver o que escreveram. Afinal eu só tinha recebido os jornais que assinei.
Quando eu chego na banca de jornal, quem estava na primeira capa? é, você já deve ter tido uma ideia.
- Olá senhorita... - e o homem se vira para me cumprimentar - Oh! Se não é a salvadora da filha do advogado sr. Collins! Muito prazer em conhece-la.
- Hum... é. Vejo que não funcionou muito certo o que eu acabei de ver. Vou-me embora pois tenho um assunto que tenho que resolver urgentemente, foi um prazer conhece-lo e tenha um bom dia. - fiz uma reverencia com a cabeça e pedi para um táxi parar e entrei dentro dele, rumo a casa de meu amigo, ele dissera-me que poderia ser interessante para mim o caso que queria que eu resolvesse e que pelo menos se eu não desvenda-se seria bom dar uns palpites a ele.
Cheguei lá às 15hs e 30min. e ele me diz:
- Milagre, chegou na hora exata, Souza. 
- Tá, então, vamos pular esta parte. Hoje não estou nem com os pensamentos normais, depois do que vi hoje de manhã na banca de jornais.
- HA HA HA você ainda lê jornais?! que piada, jornais são coisas do passado, minha cara amiga! Agora tem a internet e a tv para substituir isto.
- Mas ainda acho que jornais e revistas descrevem mais detalhadamente. - e entro na sala de estar e me sennto no sofá. - Qual é a emergencia para ter que me ligar 2hs e meia da manhã?
- Bom. - disse ele se sentando a minha frente numa cadeira. - Eu queria que você procurasse por meu neto. Ele desapareceu ontem a noite, mas sua irmã foi salva por uma garota pelo que eu saiba.
- Hum... sei muito mais sobre este caso do que você meu caro. Primeiro, eu vi o que aconteceu...
- Oh! ENTÃO PORQUE NÃO FOI LÁ AJUDAR!? DEIXOU UMA MULHER DEFENDER 2 CRIANÇAS?! VOCÊ SABIA QUE A MULHER NÃO SERIA CAPAZ DE TANTO!
- Fique quieto e ouça o que tenho a dizer, mas se me interromper, juro que saio por esta porta. - e ele ficou quieto - Bom, continuando, segundo, eu era a mulher ok? terceiro, consegui salvar a vida da menina pois era a que defendi mas depois percebi meu erro. Eu deveria ter cuidado do garoto, eles só queriam que eu protegese a menina para poderem levar o garoto e quarto, acabei levando socos, chutes, murros e até um tiro de um revólver por causa disso. E é por isso prefiro os jornais. - e fiz uma cara de paisagem.
- Não entendi esta última frase.
- Eu digo que se você fosse a uma banca de jornais saberia mais sobre este caso. Estaria mais a par da situação mas lhe digo que o que esta escrito nos jornais é muito rídiculo. Se me permetir investigar este caso, eu lhe direi o que aconteceu de verdade.
- Bom, não é a mim que cabe a decisão de que  se você deve investigar este caso, cabe ao sr. Collins.
- Pode então marcar um horário com ele para mim?
- Claro! Acho que é bem provavel que ele possa vir agora para cá, imediatamente. - disse Henrique fazendo uma cara de alegria não muito convincente. - Espere ai, enquanto vou fazer uma ligação para ele. Se quiser tem café na cozinha.
- Ok, meu caro. - eu disse já pegando um dos cadernos que levava comigo e anotando:




Data do acontecimento - 7 de Julho de 2009.
Detalhes precisos: Henrique me recebeu em sua porta às 15hs e 30min. desta tarde, com um terno social azul, uma caneta a mão esquerda e um bilhete que estava escrito alguma coisa mas não consegui decifra-lo, o senhor tentou esconder o bilhete num bolso que pela minha dedução, era o bolso esquerdo do casaco depois de eu ter entrado e visto pelo espelho. A sala aonde estavamos era uma sala muito esquisita, tinha quadros de torturas que antigamente eram usados, algumas armas na parte de vidro de uma estante ao lado esquerdo da sala. O resto não era tão importante, mas a primeira coisa que vi naquela sala não foi nenhuma das alternativas que escrevi acima, o que notei foi...


Henrique acaba irrompendo pela porta do escritório e dou um jeito de guardar rápidamente o caderno antes de sua visão ver o que eu estava fazendo. Eu já estava pensando em pedir para ele ir com o senhor Collins na rua para comprarem umas coisas se aceitarem o caso, para eu poder examinar a casa. 
- Ele disse que era melhor a senhorita ir para casa e depois voltar para cá. O sr. Collins disse que estará a sua espera lá pelas 21hs da noite. É possível você comparecer?
- Elementar... - eu disse enquanto olhava para uma coisa anormal naquela sala e me voltei para o sr. Henrique - Sim, é possível. Mas pode ser que eu chegue uns 5 minutos atrasada pois tenho que resolver um assunto muito peculiar. Esta bom para você?
- Tudo bem, está bom sim. Mas uma pergunta quero fazer a você e quero que responda a verdade.
- Pergunte e por que eu deveria mentir? - Henrique fez uma risada nervosa.
- Quando você foi ajudar os irmãos Collins, algum dos criminosos deixou parte de seu rosto amostra? - percebi que esta pergunta era uma pergunta que não devia ser feita por ele, então eu disse:
- Não. Apesar de terem quase fracassado neste quesito. - menti - Agora se me der licença tenho que ir a encontro de meu assunto peculiar. Tenha uma Boa Tarde e se vemos a noite.
Eu então sai pela porta sem a ajuda dele, e notei outra coisa diferente, a maçaneta estava com um aspecto de nova, achei estranho pois ontem quando vim em sua casa, não tinha nenhuma das observações que escrevi hoje. Isto não tem jeito de ser uma coisa boa, analisei. Sai e pedi um táxi novamente e fui direto para o centro da cidade para ir a uma perfumaria e depois a um lugar que eu arranjaria algumas coisas para o caso. Se o sr. Collins não aceitasse eu investigando isto significaria que ele estaria metido no meio do problema e junto seu amado escudeiro, Henrique. Acho que está na hora de mandar minha mamãe para fazer certas coisas, eu sei que você deve estar pensando, quem mandaria a mãe?!, mas você ainda não sabe nem da metade do plano que fiz enquanto estava sentado num simples sofá. 

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